Celebrar o 25 de Abril deve ser transmitir aos mais novos a memória do passado, de tudo o que oprimia os portugueses e que fez com que houvesse uma explosão de alegria e a imediata adesão à liberdade.
À Xexão Moita e ao Nuno Teotónio Pereira
Foi na madrugada de ontem, há 50 anos, que as portas das prisões de Caxias se abriram para a libertação dos presos políticos. Relembro dois amigos que lá estavam e que já não estão entre nós: a Xexão (Maria da Conceição) Moita e o Nuno Teotónio Pereira. Faziam parte dos chamados “católicos progressistas” (1) que foram, como muitos outros milhares de portugueses, presos e torturados pela tenebrosa polícia política (PIDE). O 25 de Abril de 1974, iniciou um processo de libertação a vários níveis e que se foi sucedendo no tempo. Uma das mais importantes foi a liberdade de expressão de associação e de participação política. Portugal era um país fechado à Europa e ao mundo. Os artigos de jornal, os livros, as músicas, tinham de passar pelo crivo do censor.
Publicado originalmente no Observador em 28.04.2024
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