A pouco e pouco o futebol foi-se tornando um grande negócio e a movimentar milhões. E com os milhões veio a corrupção de dirigentes desportivos e de “empresários” e o desbaratar de verbas públicas.
Na minha infância o Estádio da Luz estava rodeado de buracos o que em dias de chuva era um problema. Mas lá dentro pontificavam o Eusébio, o Torres, o Simões ou o José Augusto e valia o esforço. Nessa altura, o futebol ainda era só futebol, na sua mistura de competição saudável, emoção e sentido de comunidade. Os jogadores estavam ligados aos clubes de forma duradoura, e podíamos fazer coleção de cromos que a caderneta não ficava desatualizada a cada seis meses ou um ano como agora.
A pouco e pouco o futebol foi-se tornando um grande negócio e a movimentar milhões. E com os milhões veio a corrupção de dirigentes desportivos e de “empresários”, a fuga ao fisco de jogadores e treinadores, o desbaratar de verbas públicas, como nalguns estádios do Euro-2004 que, passados estes anos, continuam sem utilização e com dívida por pagar.
Publicado originalmente no Observador em 27.11.2022
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