Há sempre uma narrativa por detrás de uma guerra, sobretudo quando se trata de invadir outro país. Há sempre uma justificação. Putin e Netanyahu têm a sua.
Ainda se lembram das armas de destruição maciça que Saddam Hussein teria (mas não tinha) e que justificaram a invasão do Iraque pelos EUA e alguns aliados? E de como Durão Barroso, ofereceu os seus préstimos e a Base das Lages para a encenação de uma reunião impulsionada por George W. Bush que convenceu Tony Blair a tomar a pior decisão da sua vida (de que hoje se arrependerá) secundados por José Maria Aznar? Uma guerra onde morreram mais de mil soldados americanos, centenas de soldados de alguns países aliados e mais de uma centena de milhar de civis inocentes e militares deste país.
Há sempre uma narrativa por detrás de uma guerra, sobretudo quando se trata de invadir outro país. Há sempre uma justificação. Putin e Netanyahu têm a sua. Para serem eficazes, as narrativas necessitam de ser apoiadas numa boa imprensa e, de preferência, não serem contraditadas. Por isso, os jornalistas são um alvo. Órgãos de informação ocidentais foram proibidos na Rússia e a Al Jazeera proibida em Israel, e a sua sede na Cisjordânia invadida e ocupada por militares israelitas. Mais de uma centena de jornalistas terá sido morta em Gaza.
Publicado originalmente no Observador em 06.10.2024
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