Nesta greve ao serviço ferroviário suburbano em Lisboa o tribunal arbitral deu razão aos sindicatos ao concordar com a inexistência de serviços mínimos, pondo em causa direitos essenciais dos cidadãos.
Na passada sexta feira centenas de milhares de trabalhadores da área metropolitana de Lisboa que por qualquer motivo necessitassem de regressar a casa após o trabalho não o puderam fazer de forma minimamente satisfatória. Trabalhadores que por não terem viatura própria, por razões ambientais ou outras usam o transporte ferroviário.
Tal deveu-se não apenas a uma greve convocada pelos sindicatos dos comboios suburbanos da CP, direito constitucionalmente garantido e que naturalmente pode causar transtorno aos cidadãos, mas sobretudo a uma decisão do tribunal arbitral que considerou que não havia necessidade de decretar serviços mínimos de transporte ferroviário.
O Tribunal ignorou outros direitos essenciais dos cidadãos. A CP também não esteve bem na informação dada aos seus utentes. Importa perceber porquê e que soluções poderemos ter para evitar que isto suceda no futuro.
Publicado originalmente no Observador em 29.05.2022
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